quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Aproveitem e assitam esse filme

FILME: Escritores da Liberdade
Quem é você? E as pessoas com as quais todo o dia interage? Com que profundidade conhece os seus colegas de trabalho? Se atua em educação, quais são as informações que possui a respeito de seus alunos? Normalmente temos apenas uma visão superficial e pouco clara da maior parte dos relacionamentos que estabelecemos ao longo de nossas existências. E será que estamos preocupados com isso?Em se tratando de escolas, por exemplo, em muitos casos parece que o nosso único dever é o de ministrar aulas, passar conteúdos, preencher cadernetas, corrigir provas, cumprir cronogramas e planejamentos. O que não parece muito diferente daquilo que acontece em tantos outros setores produtivos da sociedade, sejam eles hospitais ou escritórios, fábricas ou lojas,...Bater cartão, cumprir responsabilidades variadas, entregar resultados e atingir metas. Viver dentro de um sistema em que a meritocracia é o principal indicador de valor social nos distancia cada vez mais uns dos outros e, aos poucos, vai minando (a ponto de destruir em certos casos) a nossa humanidade. Devo esclarecer, dede já, que não sou contrário à produtividade, ao ganho, ao crescimento profissional e ao desenvolvimento econômico de pessoas, empresas e países.No entanto creio que todos têm que ponderar questões e situações do mundo real que afetam a coletividade e que colocam barreiras e criam problemas a nossa existência. O debate sobre o aquecimento global, por exemplo, é um caso mais do que premente e fundamental para a existência de todas as formas de vida residentes nesse planeta. Da mesma forma, enquanto não nos preocuparmos sinceramente uns com os outros, iniciando essa ação a partir das pessoas que nos são mais próximas e presentes, como podemos imaginar que as questões globais poderão ser resolvidas? “Escritores da Liberdade”, filme do diretor Richard LaGravenese, estrelado pela talentosa atriz Hillary Swank (duas vezes premiada com o Oscar, pelos filmes “Menina de Ouro” e “Meninos não choram”), baseado em história real, nos coloca em contato com uma experiência das mais enriquecedoras e necessárias. Sua trama gira em torno da necessidade de criarmos vínculos reais em sala de aula, conhecendo nossos alunos, despertando para suas histórias de vida, entendendo o que os motiva a ser as pessoas que são. Emocionante relato de uma experiência bem-sucedida que ainda está em desenvolvimento, “Escritores da Liberdade” tem tudo para se tornar um novo libelo do cinema em prol da educação mais efetiva (como “Sociedade dos Poetas Mortos” ou “A corrente do Bem”), onde se respeitam alunos e professores e também em que as pessoas se percebem em suas particularidades e se permitem construir, conjuntamente, como aliados, um futuro melhor para todos. Imperdível!Cansada do trabalho em empresas que desenvolvia até aquele momento e desiludida quanto às possibilidades de crescimento e realização pessoal naquele âmbito profissional, a jovem Erin Gruwell (Hillary Swank) resolve mudar de ares e dedicar-se à educação. Assume então uma turma de alunos problemáticos de uma escola que não está nem um pouco disposta a investir ou mesmo acreditar naqueles garotos.A pecha de turma difícil, pouco afeita aos estudos e que vai à escola apenas para “cumprir tabela” se mostra, no começo da relação entre a nova professora e os alunos, uma realidade. O grupo, formado por jovens de diferentes origens étnicas (orientais, latinos e negros), demonstra intolerância e resistência à interação, preferindo isolar-se em guetos dentro da própria sala de aula. A nova professora é vista por todos como representante do domínio dos brancos nos Estados Unidos. Os estudantes a entendem como responsável por fazer com que eles se sujeitem à dominação dos valores dos brancos perpetrados nas escolas. Suas iniciativas para conseguir quebrar essas barreiras aos relacionamentos dentro da sala de aula vão, uma a uma, resultando em frustrações.Apesar de aos poucos demonstrar desânimo em relação às chances de êxito no trabalho com aquele grupo, Erin não desiste de sua empreitada. Mesmo não contando com o apoio da direção da escola e dos demais professores, ela acredita que há possibilidades reais de superar as mazelas sociais e étnicas ali existentes. Para isso, cria um projeto de leitura e escrita, iniciado com o livro O Diário de Anne Frank, em que os alunos poderão registrar em cadernos personalizados o que quiserem sobre suas vidas, relações, interações, idéias de mundo, leituras...Ao criar um elo de contato com o mundo, Erin fornece aos alunos um elemento real de comunicação que lhes permite se libertar de seus medos, anseios, aflições e inseguranças. Partindo do exemplo de Anne Frank, menina judia alemã, branca como a professora, que sofreu perseguições por parte dos nazistas até perder a vida durante a 2ª Guerra Mundial, Erin consegue mostrar aos alunos que os impedimentos e situações de exclusão e preconceito podem afetar a todos, independentemente da cor da pele, da origem étnica, da religião, do saldo bancário.“Escritores da Liberdade” é uma fabulosa história de vida que nos mostra como as palavras podem emancipar as pessoas e de que forma a educação, a cultura e o conhecimento são as bases para que um mundo melhor realmente aconteça e se efetive. Lições:1. Ame ao próximo como a si mesmo. O ensino cristão baseado nas palavras de Jesus Cristo não é devidamente compreendido como deveria. As pessoas costumam levar as palavras ao pé da letra e associar esse breve e profundo enunciado ao verbo amar em seu sentido mais literal. Poucos são aqueles que extrapolam a compreensão mais imediata do vocábulo e o entendem, nesse contexto, como respeitar o próximo, tratá-lo com decência ou ainda admitir as diferenças e valorizá-las como parte da diversidade humana que nos leva ao crescimento. Parece que sempre queremos impor princípios, modelos, práticas e ações que levem os demais a serem parecidos conosco. Falamos em demasia e escutamos muito pouco. As próprias escolas, em particular aquelas que ainda baseiam sua ação quase que exclusivamente no modelo mais tradicional de educação, realizam monólogos e dão pouca vazão ao conhecimento e à história de vida dos alunos. Desvaloriza-se tudo aquilo que o estudante tem de experiência ao mesmo tempo em que se lhes impõe, goela abaixo, saberes que são considerados “essenciais” aos mesmos... Será que não está na hora de rever tudo isso?2. A intolerância é, sabidamente, cultural. É um conceito construído ao longo de nossas existências. A tolerância, em contrapartida, parece nascer com cada ser humano. As crianças constituem o maior exemplo disso. Não há cerceamentos e restrições no contato com outros seres humanos entre os pequenos. Para eles, o importante é interargir, brincar, trocar, tocar, abraçar, jogar... Será que podemos aprender as lições das crianças?3. Ler e escrever são elementos básicos da civilidade. Projetos de leitura, atividades de produção escrita regular, valorização dos livros e da literatura, espaços para a divulgação daquilo que está sendo produzido nas escolas pelos alunos no que tange a textos ou ainda à ampliação dos espaços de leitura são realidades e preocupações que vemos em nossas escolas?
(João Luís Almeida Machado, editor do Portal Planeta Educação, doutorando pela PUC-SP no programa Educação: Currículo, mestre em Educação, Arte e História da Cultura pela Universidade Presbiteriana Mackenzie(SP), professor universitário e pesquisador)Nota: É um ótimo filme, mas não deve ser visto por crianças, uma vez que contém cenas de violência e descrição de realidades que exigem certa maturidade de quem o assiste.
http://bonsfilmes.blogspot.com/
Beijos e boas férias

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Claudia Costin

Aumento do salário, melhores condições de trabalho, redução do número de alunos na sala de aula. Os resultados de uma pesquisa realizada recentemente pela Fundação Victor Civita e pelo Ibope, com professores da rede pública de ensino, reforçam que essas reivindicações não atendidas são alguns dos motivos que levam à insatisfação da classe. Mas será que a melhora desses aspectos, isoladamente, traria maior qualidade ao ensino?
A resposta é não. Os fatores objetos de crítica dos docentes são algumas das conseqüências da histórica má gestão da educação brasileira. E esse problema não está restrito ao perímetro das escolas ou das salas de aula, mas permeia todo o sistema educacional: começa com a inadequada formação dos professores e diretores, falta de objetivos claros no ensino e de adoção de ações corretivas quando falhas de aprendizagem são detectadas em avaliações nacionais e estaduais.
A educação tem reassumido papel de destaque no panorama das políticas governamentais brasileiras, principalmente a partir da década de 1990, quando se iniciou o processo de universalização do acesso à escola. Desde então a política educacional tem sido objeto de análise constante para permitir que o influxo de novos estudantes possa ser acompanhado de qualidade no ensino-aprendizagem, a fim de adequar o sistema educacional às demandas do sistema produtivo e aos imperativos éticos de construção de um país mais justo.
Não se pode falar em desenvolvimento sem um sério investimento em educação, pois uma força de trabalho sem as qualificações necessárias não põe o Brasil em condições de participar numa economia globalizada. Da mesma maneira, fala-se muito em inclusão social, mas aulas que não agregam conhecimentos e competências pouco farão pelos jovens incluídos na escola. A verdadeira inclusão significa que os vastos contingentes agora com acesso à educação não se transformem, ao concluir a escola, em analfabetos funcionais com diplomas.
O Plano de Desenvolvimento da Educação, lançado recentemente pelo Ministério da Educação (MEC), procura enfrentar alguns destes problemas, como fazer avaliações sistemáticas da aprendizagem, na trilha das avaliações introduzidas na década de 90 pela agora secretária de Educação de São Paulo, Maria Helena Castro, corrigir erros por meio de um inteligente sistema de incentivos, capacitar os professores, melhorar a gestão da escola pública. Vários Estados e municípios vêm adotando testagens, inclusive para verificar se, como preconiza o compromisso Todos pela Educação, que envolve empresários, educadores, técnicos de governos e organizações da sociedade civil, as crianças estão completamente alfabetizadas aos 8 anos. É o caso de São Paulo, onde tanto o Estado como a Prefeitura estão avaliando o aprendizado para utilizar essas informações no aperfeiçoamento do ensino.
Dentre as várias avaliações, uma se mostra particularmente interessante, por facilitar o controle social e, mais particularmente, por possibilitar aos pais o monitoramento da qualidade da escola freqüentada por seus filhos: o Prova Brasil, que integra o Sistema Nacional de Avaliação do Ensino Básico (Saeb), criado para produzir informações sobre o ensino oferecido por município e escola.
Segundo resultados apontados na pesquisa feita pela fundação, somente 31% dos professores conhecem o Saeb. O Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São Paulo também é pouco conhecido (lembrado por somente 24% dos professores do Estado). Parece curioso que um instrumento voltado para dar informações aos professores sobre em que seus alunos falham seja tão pouco conhecido. É verdade que a pesquisa precede as mudanças em curso no Estado de São Paulo, mas o fato, em si, revela que os resultados dos testes pouco foram utilizados no Brasil para melhorar o ensino de porcentagens (desconhecidas por 60% dos alunos da oitava série) ou o desenvolvimento de competências de leitura (inadequado para 65% das crianças da quarta série).
Na mesma pesquisa, os docentes consideram-se os principais protagonistas da educação. Parecem não dar muito valor às Secretarias de Educação e ao MEC, vistos como instâncias de cobrança burocrática, e não como coordenadores da política educacional ou provedores da infra-estrutura ou de condições gerais para que a aprendizagem ocorra.
Os professores afirmam também que a ausência dos pais é um dos maiores problemas enfrentados. De fato, estudos evidenciam que a participação dos pais na educação é fator de enorme relevância. Mas é também um caminho para se pensar num maior envolvimento da sociedade, que poderia influenciar em decisões de aportes de recursos para a escola de seu município e zelar por sua boa utilização para garantir melhor aprendizagem. É o que se viu no Rio de Janeiro quando o governador Sérgio Cabral, no último dia 22, assinou um termo de adesão ao compromisso Todos pela Educação, no sentido de atingir metas como garantir não só o acesso de todas as crianças e jovens às escolas, mas a obtenção por eles de notas elevadas nas avaliações, evidenciando melhorias progressivas em Português e Matemática.
Com esforços assemelhados, poderíamos em poucos anos vencer o déficit educacional. Isso passa, certamente, por melhorar condições de trabalho dos professores, mas inclui também dar-lhes desafios mais ousados, capacitá-los para uma prática educacional mais conducente a bons resultados na aprendizagem de seus alunos e possibilitar-lhes parecerias com pais e membros da comunidade. O que se espera é simples: uma educação de qualidade - que seja concebida não como simples acesso às cadeiras escolares, e sim como uma fonte segura de conhecimento.
Claudia Costin, professora do Ibmec-SP e da Universidade de Quebec, foi ministra da Administração Federal e Reforma do Estado e secretária de Cultura do Estado de São Paulo
Fonte de pesquisa:

Salve Cappio!!!

Professor Martins

Pela segunda vez o bispo da Diocese de Barra-Ba., Dom Luiz Flávio Cappio, faz greve de fome protestando contra o projeto de transposição do rio São Francisco. Dessa vez o religioso escolheu a capela de São Francisco, na vila de mesmo nome, na cidade de Sobradinho-Ba., onde o mesmo está desde o dia 27 de novembro recolhido em oração, sem se alimentar. Ao se pronunciar, o bispo de maneira bastante centrada e pacífica, chama o seu ato de jejum e diz não se tratar de uma atitude isolada e sim de um povo sofrido que implora pela não continuação do projeto que condena o rio à morte.
Dom Cappio diz que após encerrar a primeira greve de fome que fez em setembro de 2005 no canteiro de obras do Projeto, à margem do São Francisco, no município de Cabrobó-PE, por aceitar acordo proposto pelo representante do presidente Lula, o então ministro Jaques Wagner, o mesmo teve um encontro com o Presidente da República, em Brasília, que reafirmou o que propunha o ministro, que era uma grande abertura para discussão do projeto com a sociedade e que, durante todo esse não houve essa abertura e muito menos discussão, motivo pelo qual ele realiza essa greve de fome, com convicção de ir até as últimas conseqüências para alcançar seu objetivo.
A imprensa vem divulgando que o Ministro da Integração Nacional, Gedel Vieira Lima, afirmou que o governo não vai parar as obras do projeto em questão e nem vai negociar com Dom Luiz Cappio o fim da sua greve. A afirmação de maneira tão precoce vinda do ministro coloca claramente para todos a posição do Governo Federal.
A Presidência da República na primeira vez que o bispo fazia seu protesto enviou Jaques Wagner, hoje governador da Bahia, para intermediar uma solução para o caso que voltava os olhos do mundo para o Brasil, onde um bispo fazia greve de fome contra um projeto do governo. Já que agora o religioso escolheu uma cidade da Bahia para demonstrar sua indignação, seria no mínimo coerente que o governador Wagner se oferecesse ao presidente Lula para mais uma vez mediar a conversa com o bispo, mesmo sabendo da dura missão a enfrentar, já que o ministro Gedel se adiantou ao declarar que o Governo Federal está fechado a negociações com Frei Cappio; e também pelo fato do bispo da Diocese de Barra deixar claro nas declarações à imprensa que o governo não cumpriu o acordo anterior e que dessa vez não vai ter barganha, que agora é uma posição definida.
É lamentável que seja necessária atitude tão drástica para chamar a atenção para tal projeto que o governo teima em levar adiante em prejuízo ao rio São Francisco. Todos sabem da morte de vários afluentes desse rio; assim como é sabido por todos das condições atuais, por exemplo, do Lago de Sobradinho, palco dessa segunda greve de Dom Cappio, o qual se encontra com aproximadamente 15% da sua capacidade de armazenamento de água.
Além de ser eleitoreira, a obra de transposição das águas do São Francisco jogará “por água a baixo” uma enormidade de cifras de reais, já que não existe garantia alguma que o próximo Presidente da República dê continuidade ao projeto de transposição, como fez o presidente Lula em relação ao Grande Projeto Salitre, em Juazeiro. Outro exemplo lastimável é o porto fluvial, também em Juazeiro, que foi construído e nunca colocado em funcionamento. Esses são apenas dois exemplos dessa cidade. Quantos casos semelhantes existem no Brasil? Aeroportos, estradas, ferrovias, etc.
O presidente Lula tem que tomar cuidado para não entrar para a história com esse protesto de Dom Luiz Flávio Cappio, que já entrou para a história com seus testemunhos de amor ao rio São Francisco.

Juazeiro- Bahia 29/11/07

Insistem em sangrar o Velho Chico

Texto do Professor Martins

Apesar dos visíveis sinais de sucumbência do rio São Francisco, o Governo Federal continua afirmando a intenção de levar em frente o famigerado projeto de transposição de suas águas, sempre usando as falsas promessas de que o uso da água será para dessedentação humana e utilização pelos pequenos criadores e agricultores. Mas, quem raciocinar um pouco perceberá que tal projeto tem objetivos exclusos, escondidos por trás dessas desculpas mais que demagógicas, sendo os verdadeiros beneficiários grandes empresários e políticos que já compraram as terras por onde está programado passarem os canais que sangrarão o moribundo, mesmo sabendo que o mesmo poderá não suportar a transfusão – quer dizer, essa palavra não cabe pois quando se realiza uma transfusão retira-se um líquido e o substitui por um outro que irá causar um benefício ao indivíduo; mas nesse caso o Velho Chico apenas terá suas águas desviadas por dois canais para atender a um capricho do Governo, com fins visivelmente eleitoreiros. Isso fica claro quando lembramos que no tempo em que eram oposição os petistas lutavam acirradamente para reprovarem o projeto da Transposição. Hoje, que estão no poder, lutam pra aprovar o tal projeto, buscando conseguirem apoio nas regiões que pretendem receber a água, e assim conseguirem manter-se no poder.

Mas não conseguirão realizar essa obra, se houver uma mobilização da sociedade buscando barrar essa loucura desenfreada. Os representantes dos estados banhados pelo São Francisco precisam intensificar as ações para impedir qualquer possibilidade de se realizar essa insanidade contra esse rio, que recebe o título de Rio da Unidade Nacional. Não podemos ficar nessa inércia, esperando que algo grave aconteça para podermos tomar uma atitude. Temos que nos anteceder aos fatos. Recentemente os representantes do estados que querem se beneficiar com a transposição fizeram uma conferência em prol do Projeto. E nós? O que estamos fazendo?

Repito: temos que nos anteceder aos fatos. Quando os inimigos do rio conseguirem uma liminar qualquer pra iniciar as obra e tentarmos barrá-la, poderá ser difícil ou quem sabe, tarde demais. Temos que ampliar a luta contra a transposição. Os vereadores dos municípios, os prefeitos, os deputados, as entidades e o povo deve tomar a dianteira nessa batalha e exigir obras que garantam a sobrevivência do São Francisco. Campanhas devem ser desenvolvidas para aumentar a conscientização de todos. Devemos aproveitar as discussões do momento para incluir nas grades curriculares das escolas, disciplinas que envolvam os jovens nas questões de defesa do meio ambiente; de proteção à natureza, em fim, de cuidados para termos uma qualidade de vida cada vez melhor.

Ou tomamos atitudes como essas agora, ou estamos condenados a ver, num futuro não muito distante, a criação de departamento especial para recuperação do São Francisco; para tomar medidas no sentido de tentar refazer o que foi destruído, correndo o risco de já ser muito tarde; estando o Velho Chico em estado terminal, e não existindo transfusão de qualquer bacia, capaz de recupera-lo.